O professor de Harvard que ensina a ser feliz

São Paulo – Os cursos mais populares da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, não ensinam medicina nem direito, mas felicidade. No ano passado, mais de 1 000 alunos se inscreveram para assistir às aulas do professor Tal Ben-Shahar, que usa um ramo da psicologia para ajudar os estudantes de graduação na busca da realização pessoal. Na primeira vez que ministrou o curso, há dez anos, oito pessoas se inscreveram. A fama cresceu e, embora os alunos façam trabalhos, não recebem notas, mas algo mais pessoal. “Eles falam que a aula muda a vida deles”, diz Tal. Nesta entrevista, ele mostra como encontrar satisfação profissional e pessoal. VOCÊ S/A – Aulas que têm como enfoque otimismo e felicidade não são algo comum em uma universidade tradicional como Harvard. Por que criou o curso? Tal Ben-Shahar – Comecei a estudar psicologia positiva e a ciência da felicidade porque me sentia infeliz. No meu segundo ano de estudante em Harvard, quando cursava ciência da computação, eu era bem-sucedido, pois tinha boas notas e tempo para atividades que me davam prazer, como jogar squash. Mesmo assim era infeliz. Para entender por que, mudei de área e fui cursar filosofia e psicologia. Meu objetivo era responder a duas perguntas: por que estou triste e como posso ficar feliz? Estudar isso me ajudou, e decidi compartilhar o que aprendi. VOCÊ S/A – Uma pesquisa de doutorado feita no Brasil revela visões diferentes do que é ser bem-sucedido, que vão além de dinheiro e poder. As pessoas buscam algo mais profundo? Tal Ben-Shahar – Sucesso não traz, necessariamente, felicidade. Ter dinheiro ou ser famoso só nos faz ter faíscas de alegria. A definição de sucesso para as gerações mais novas mudou. Não é que as pessoas não busquem dinheiro e poder, mas há outros incentivos. No passado, sucesso era definido de maneira restrita, e as pessoas ficavam numa empresa até a aposentadoria. Agora, há uma ânsia por ascender no trabalho, ter equilíbrio na vida pessoal e encontrar um propósito. VOCÊ S/A – Qual a principal lição sobre a felicidade o senhor aprendeu? O que realmente interfere na felicidade é o tempo que passamos com pessoas que são importantes para nós, como amigos e familiares — mas só se você estiver por inteiro: não adianta ficar no celular quando se encontrar com quem você ama. Hoje, muita gente prioriza o trabalho em vez dos relacionamentos, e isso aumenta a infelicidade. VOCÊ S/A – Descobrir para onde queremos ir seria a grande questão? Muita gente não sabe o que pretende da vida simplesmente porque nunca pensou sobre o assunto. As pessoas vivem no piloto automático. Ouvem de alguém que deveriam ser advogado ou médico, e acreditam em vez de se perguntar do que gostam. Essa é a questão fundamental. VOCÊ S/A – Como aplicar as diretrizes da psicologia positiva no dia a dia do trabalho? Uma maneira é pensar nos progressos diários que um profissional alcança no fim de cada dia. Segundo uma pesquisa de Teresa Amabile, professora de administração da Harvard Business School, quem faz isso tem índices mais altos de satisfação e é mais produtivo. Deve-se também valorizar os próprios pontos fortes e, no caso dos chefes, os pontos fortes das pessoas da equipe, o que aumenta a eficiência dos times. Isso não significa deixar de lado as fraquezas, que devem ser gerenciadas. Apenas que a maior parte da energia precisa ser gasta fortalecendo os pontos fortes ao máximo. VOCÊ S/A – Dá para fazer isso mesmo em momentos de crise ou de baixo desempenho? Sim, desde que os profissionais sejam realistas. Em 2000, quando Jack Welch­ (ex-presidente da GE e referência em gestão) foi nomeado o gerente do século pela revista Fortune, perguntaram que conselho ele daria a outros gerentes. A resposta foi: aprendam a encarar a realidade. O mesmo se aplica nesse caso. A psicologia positiva não defende que os erros e os pontos fracos sejam ignorados. Apenas propõe uma mudança de foco: parar de enxergar só o que vai mal e ver o que dá certo — mesmo nas crises. A proposta é observar o quadro completo da realidade. VOCÊ S/A – Qual sua opinião sobre o discurso de que basta fazer o que ama para encontrar satisfação profissional? Isso pode ser a solução para alguns. Na maioria dos lugares e trabalhos, é possível identificar aspectos significativos para cada pessoa. Uma pesquisa feita com profissionais que trabalham em hospitais mostrou que tanto no caso de médicos quanto de enfermeiros e auxiliares havia profissionais que enxergavam o trabalho como um chamado e outros que o viam apenas como um emprego. Em outras palavras, o foco que damos ao trabalho acaba sendo mais importante do que a natureza dele. Alguém que é funcionário de um banco pode pensar que trabalha com planilhas o dia todo ou que está ajudando as pessoas a gerenciar sua vida. VOCÊ S/A – O jornalista britânico Oliver Burkeman defende que não se deve buscar felicidade, mas o equilíbrio, pois ninguém pode ser feliz sempre. O que acha disso? Concordo. A primeira lição que dou na minha aula é que nós precisamos nos conceder a permissão de sermos seres humanos. Isso significa vivenciar emoções dolorosas, como raiva, tristeza e decepção. Temos dificuldade de aceitar que todo mundo sente essas emoções às vezes. Não aceitar isso leva à frustração e à infelicidade. VOCÊ S/A – O senhor é feliz? Eu me considero mais feliz hoje do que há 20 anos e creio que serei ainda mais feliz daqui a cinco anos. A felicidade não é estática. É um processo que termina apenas com a morte. Encontrei significado em meu trabalho e faço o que me dá prazer, mesmo tendo, como todo mundo, momentos de estresse e sofrimento — esse é o equilíbrio que todo profissional deve almejar. Mas também procuro desfrutar de coisas fora do mundo do trabalho: passar tempo com minha família, com meus amigos e encontrar um espaço na agenda para a ioga. Tudo com moderação. REVISTA VOCÊ S/A Result Place

Receita do sucesso em 13 passos

APÓS ESTUDAR 500 MILIONÁRIOS, JORNALISTA AMERICANO DÁ RECEITA DO SUCESSO EM 13 PASSOS HOJE, 78 ANOS APÓS A PUBLICAÇÃO DO LIVRO DE NAPOLEON HILL, O CONTEÚDO CONTINUA ATUAL. A OBRA ABORDA COMO QUEBRAR BARREIRAS PSICOLÓGICAS QUE IMPEDEM MUITAS PESSOAS DE ALCANÇAR SEUS SONHOS POR ÉPOCA NEGÓCIOS ONLINE O empresário Andrew Carnegie liderou a expansão da indústria de aço no século XIX. Quando chegou aos Estados Unidos vindo da Escócia, ele tinha pouco mais de um centavo no bolso. Mas acabou se tornando, na época, o homem mais rico do mundo. Durante o auge de sua carreira, ele confiou ao jornalista Napoleon Hill a missão de documentar — e compartilhar — as estratégias que o transformaram em um dos empresários mais bem-sucedidos de todos os tempos. “Foi ideia do próprio Sr. Carnegie que a fórmula mágica, que lhe deu tamanha fortuna, fosse colocada ao alcance de pessoas que não têm tempo para investigar como ganhar dinheiro”, escreveu Hill no prefácio do livro “Quem Pensa Enriquece” (Ed. Fundamento), resultado de sua parceria com Carnegie. Hoje, 78 anos após a publicação da obra, o conteúdo continua atual. Além de analisar Carnegie, o jornalista estudou mais de 500 milionários durante 20 anos. Suas entrevistas e pesquisas foram parar no livro. Nele, Hill dá “o segredo para fazer dinheiro” em 13 passos. A abordagem é quebrar barreiras psicológicas que impedem muitas pessoas de alcançar o sucesso. O site Business Insider reuniu as dicas: 1. Desejo: você precisa querer. Todos os milionários começaram com o sonho, a esperança, o desejo. Imaginavam suas riquezas antes de vê-las em suas contas bancárias. “Desejar não vai trazer riquezas. Mas desejar com um estado de espírito que se torna uma obsessão, depois planejar maneiras e meios para adquirir riquezas, e colocar esses planos em prática com uma persistência que não reconheça o fracasso, trará riquezas.” 2. Fé: acredite que você pode alcançar seu objetivo. Ficar rico começa com a mentalidade — acreditar que você acumulará riqueza. “A quantidade de dinheiro é limitada apenas pela pessoa em cuja mente está o pensamento. A fé remove as limitações!”, defende Hill em seu livro. 3. Afirmação: use frases para alcançar seu objetivo. Tornar o desejo por dinheiro ou sucesso em realidade requer que você repita para seu subconsciente o seu objetivo, diz Hill. Inclusive em voz alta. Basta dizer o que você quer e como pretende alcançar. Faz parte de transformar um sonho em uma “obsessão constante”. 4. Conhecimento especializado: ganhar experiência e continuar aprendendo. A educação só se torna poderosa quando organizada e aplicada à vida. E deve ser continuamente reabastecida. Você nunca para de aprender. “Homens que não são bem-sucedidos cometem o erro de acreditar que o período de aquisição de conhecimento acaba quando termina a escola.” 5. Imaginação: tenha ideias e visualize seu sucesso. Se você pode imaginar, pode criar. “Ideias são os pontos de partida de todas as fortunas. As ideias são produtos da imaginação”, escreve. “Quem quer que você seja, onde quer que viva, seja qual for a ocupação com que você esteja envolvido, lembre-se a cada vez que você ler as palavras ‘Coca-Cola’ que aquele vasto império de riqueza e influência cresceu a partir de uma única ideia.” 6. Planejamento organizado: aja. Você precisa correr atrás do que quer. E deve agir com persistência e entusiasmo. “Nós somos bons ‘começadores’, mas péssimos ‘terminadores’. As pessoas estão propensas a desistir ao primeiro sinal de derrota. Então, não há nenhum substituto para a persistência.” 7. Decisões: derrote a procrastinação com determinação. Essa é a característica chave que Hill identificou em todos os ricos estudados — determinação. Aqueles que tomam decisões rapidamente, sabem o que querem (e tendem a conseguir o que querem). “Determinação não é apenas uma característica dos ricos, mas uma das qualidades mais importantes que um líder deve possuir. No fim das contas, tomar uma decisão errada é melhor do que não tomar decisão alguma.” 8. Persistência: não pare até você conseguir o que deseja. Persistência é fundamental quando se tenta acumular riqueza, mas poucas pessoas têm a força de vontade necessária para transformar o desejo em algo real. “Riqueza não responde a desejos. Responde apenas a planos definidos, apoiados por desejos definidos, por meio de persistência constante.” 9. Mestres da mente: esteja rodeado pelos melhores. Pessoas bem-sucedidas se cercam de amigos talentosos e colegas que partilham sua visão. O alinhamento de várias mentes criativas é mais poderoso do que apenas uma. “Um grupo de cérebros coordenados (ou conectados) em um espírito de harmonia irá fornecer mais energia do pensamento que um único cérebro, assim como um grupo de baterias vai gerar mais energia do que uma só bateria.” 10. Relacionamento: escolha um parceiro compatível. A energia sexual é incrivelmente poderosa, segundo Hill. Quando aproveitada e redirecionada, pode melhorar criatividade, paixão, entusiasmo e persistência — cruciais para acúmulo de riqueza. “O desejo do sexo é o mais poderoso dos desejos humanos.” 11. Subconsciente: abrace a positividade e descarte emoções negativas. “Emoções positivas e negativas não podem ocupar a mente ao mesmo tempo. Um ou outro deve dominar. É de sua responsabilidade se certificar de que as emoções positivas constituam a influência dominante de sua mente”, diz Hill. 12. O cérebro: se relacione com outras pessoas inteligentes e aprenda com elas. Nosso cérebro é um “transmissor e receptor de vibrações de pensamento”, absorvendo os pensamentos de outras pessoas que nos rodeiam — o que torna ainda mais importante estar com pessoas inteligentes, criativas e positivas. “Cada cérebro humano é capaz de captar vibrações de pensamento que estão sendo liberadas por outros cérebros”, escreve o jornalista. Tente aprender com todos que o rodeiam. 13. O sexto sentido: confie no seu instinto. O princípio final deve vir só depois de você já dominar os outros 12 princípios. “Com o auxílio do sexto sentido, você será avisado de perigos iminentes a tempo de evitá-los.” Para Hill, o instinto fica mais forte a partir dos 40 anos. Mas pode ser aplicado a qualquer idade. Result Place Consultoria, Treinamentos e Coaching A

Mercado de lingerie em crescimento no Ceará

Mais do que peças do vestuário feminino, a lingerie teve um “boom” junto com a revolução sexual dos anos 60, e, atualmente, é um segmento da indústria têxtil que fatura mais de U$ 30 bilhões, por ano, no mundo. No Brasil, os números também são otimistas. De Norte a Sul do País, mais de 3,5 mil confecções produzem cerca de 1,5 bilhão de peças anualmente, em um mercado que movimenta R$ 3,6 bilhões, segundo os últimos dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), levantados 2012, pois ainda não existem consolidações dos números de 2014. O Brasil é considerado o quinto maior produtor mundial dentro da indústria têxtil, com uma produção anual de dois milhões de toneladas, o que corresponde a 2% da produção do planeta, diante de um mercado dominado por China e Hong Kong (que detêm 50% de tudo o que é fabricado, neste segmento, no mundo), além de Índia, Estados Unidos e Paquistão. As informações são oriundas da 13º edição do “Relatório Setorial da Indústria Têxtil Brasileira”, divulgado pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), especializado no setor. Ceará De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará (Indi), em 2013, o Estado foi destaque em exportações no setor de moda íntima, ficando em terceiro lugar na produção nacional (14,4%) – com 14,16% em receita líquida, 14,62% em custos e despesas e 13,65% em Valor da Transformação Industrial (VTI). Em relação às exportações de vestimentas, o Ceará figurou como sétimo colocado no ranking brasileiro, com participação de 2,6% do total nacional –, o que representa US$ 3,4 milhões, ou mais de R$ 10 milhões de vendas para o mercado externo. Os dados fazem parte do “Perfil Setorial Vestuário de 2013”. Segundo o diretor corporativo do Indi, Carlos Matos, até 2018, o setor de moda íntima tem como meta aumentar em 50% sua participação no mercado brasileiro. Em 2011, por exemplo, o Estado representou cerca de 30% de comercializações no mercado nacional, tendo um crescimento de 10% em relação ao ano anterior. Os números são, em grande parte, consequência dos pequenos e médios empresários que estão investindo em novas tendências para agradar os clientes, como é o caso do empresário Cairo Benevides, que criou, há nove anos, a marca Liebe. Anualmente, a produção de sua empresa alcança cerca de dois milhões de peças para atender às suas lojas de varejo – localizadas em shoppings da Capital –, e às vendas realizadas para clientes do Brasil e do exterior. Ceará é o terceiro polo do Brasil O proprietário da Lieb destaca o potencial do polo de moda íntima em Fortaleza e da mão de obra qualificada do Estado. “Trata-se do terceiro polo de moda íntima do País e, ainda, com dois grandes diferenciais dos demais: espaço físico e mão de obra. As mulheres ainda costuram aqui, além de a produção ser mais barata. O Ceará também confecciona produtos muito bons”, afirmou Cairo. Ele avalia que a qualidade e a beleza dos produtos são pontos fortes, que favorecem o crescimento desse segmento no Estado, tornando-o cada vez mais competitivo. “A primeira característica é a qualidade, investida em matéria-prima qualificada, espuma de bojo soft e modelagem diferenciada. Afinal a mulher vai usar a peça por cerca de 10 ou 15 horas de seu dia. Já a segunda é a beleza, pois é muito importante que a lingerie seja sensual, principalmente aquelas para ocasiões especiais”, destacou o empresário. Para sobreviver em um período marcado por crise, Benevides aponta que as pessoas estão olhando apenas para a situação geral. “A estratégia é apostar no crescimento constante”, pontuou o empresário. “Você tem que fazer um algo a mais: disputar um novo mercado, contratar novos representantes. Em 2014, por exemplo, com essas estratégias, a Liebe apresentou um crescimento de 20%”, ressaltou Cairo, que prevê manter esse ritmo, aumentando, novamente, de 15% a 20% este ano. “Não focamos somente no comércio local. Nossa estratégia é vender para o Ceará, Brasil e exterior. Isso nos dá um retorno garantido, aumentando o nosso faturamento e fortalecendo ainda mais a nossa marca”, finalizou Benevides.   Tópicos: Confecção, Têxtil, Moda, Consultoria, Fortaleza, Ceará Result Place Consultoria, Treinamentos e Coaching A Result Place Consultoria para empresas em Fortaleza – CE está fortemente ligada à gestão de processos, consultoria de vendas, consultoria de planejamento estratégico, gestão de empresas e consultoria financeira, além de coaching e treinamentos.

Indústria têxtil prevê retomada de crescimento só em 2016

Depois de eliminar 20 mil postos de trabalho e de um resultado negativo em seu desempenho, com queda de 5%, no ano passado, a indústria têxtil brasileira deve passar neste ano por um período de ajustes e só retomar o crescimento de fato, a partir de 2016, previu hoje (22), o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Rafael Cervone. Ele disse que o encarecimento dos custos de produção, com destaque para a energia elétrica e tributação, além da concorrência com os chineses, tem levado os empresários do setor a mudar de estratégias para manter as atividades. “Só este ano a energia ficou 40% mais cara e o megawatt /hora, que há dez anos custava R$ 60, 00, subiu para R$ 800,00 e isso preocupa muito o setor”. De acordo com as projeções anunciadas pelo dirigente, as atividades estarão quase que estagnadas, com crescimento de 0,3% e faturamento de US$ 51,5 bilhões incluindo a área de confecção. Se isso se confirmar, o setor já terá um ganho em relação a 2014, embora Cervone aponte um cenário de dificuldades, em meio a queixas de falta de previsibilidade na economia e do temor de um mercado interno mais desaquecido. O presidente da Abit informou que abrir mais os negócios no mercado externo surge como uma das estratégias para estimular a produção. Com esse propósito, segundo o líder empresarial, nas próximas semanas uma missão encabeçada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior deve embarcar rumo aos Estados Unidos. No entanto, segundo o MIDC ainda não tem data definitiva para o encontro com as autoridades americanas. No caso dos tecidos usados na fabricação de jeans, por exemplo, o Brasil concorre com a Colômbia, que exporta para os americanos com alíquota zero. O executivo defendeu ainda outras frentes de atuação, visando a atrair também os consumidores na União Européia e mesmo no México, que seria uma porta de entrada para os Estados Unidos. Com metas ainda de investir em inovação e produtividade, as empresas têxteis devem continuar neste ano com saldo negativo na contratação de pessoal. Há uma estimativa de corte de 4 mil vagas. O saldo da balança comercial projetado indica um déficit de US 6,13 bilhões, com alta de 2,7% nas exportações e de 3,6% na importação. Para Cervone, o fato de o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reconhecer que o primeiro trimestre será ruim para a economia brasileira soa como um avanço da credibilidade do governo diante de um clima de incertezas para novos investimentos. Marli Moreira, Agencia Brasil Result Place Consultoria, Treinamentos e Coaching A Result Place Consultoria para empresas em Fortaleza – CE, está fortemente ligada à gestão de processos, consultoria de vendas, consultoria de planejamento estratégico, gestão de empresas e consultoria financeira, além de coaching e treinamentos  

A cultura do Líder Coach no varejo

Sua empresa quer ser mais competitiva? Você gostaria de contar com funcionários menos reclamações? A solução passa por um bom líder coach… e nossa equipe tem a solução Na Grécia Antiga, o filósofo Sócrates (470 – 399 a.C) costumava reunir seus discípulos para discutir assuntos existenciais. Ele propunha temas, ouvia o que as pessoas tinham a dizer, ensinava e, principalmente, aprendia com a troca de ideias. Milhares de anos depois, o método socrático se transformou em uma das mais importantes ferramentas de gestão de pessoas: o coaching. Mais do que isso: as empresas hoje estão formando seus próprios “Sócrates” para atuar junto a outros funcionários. São os líderes coach, que, segundo Maria Cristina Gattai, professora da PUC São Paulo, auxiliam cada membro da equipe de maneira personalizada, ajudando a desenvolver habilidades técnicas e competências pessoais. “É um processo que ajuda cada pessoa do time a dar o melhor de si”, explica Gattai. Líderes com essas características são cada vez mais desejados, já que garantem maior competitividade às empresas. Ao atuar, eles tornam os funcionários mais satisfeitos e engajados, pois favorecem o potencial intelectual e criativo de cada um. “A empresa, por sua vez, retém seus talentos, reduz o turnover e atinge melhores resultados”, explica a professora. Mas é importante ressaltar que formar um líder coach não é tarefa fácil. Afinal o líder não pode se deter exclusivamente no cumprimento das metas e dos resultados financeiros de curto prazo. “Ele deve investir na aprendizagem dos colaboradores e numa cultura que valorize o desenvolvimento das pessoas para construir uma empresa sólida a médio e longo prazo”, defende Maria Cristina. Mesmo com as dificuldades inerentes ao processo, algumas empresas vêm apostando nesse modelo de liderança. A rede paranaense Muffato é uma delas. Com 40 lojas e faturamento de R$ 3,1 bilhões, segundo o Ranking SM, a empresa constatou que entre seus 10 mil funcionários havia um contingente de jovens que quer ser mais produtivo, valorizado e feliz no dia a dia. “Eles precisam de respostas rápidas e líderes que os ouçam e tenham bom senso”, explica Dari Antonio de Mello Paz, diretor de recursos humanos da organização. Diante dessa constatação, a empresa criou no ano passado o curso de formação de líder coach, em parceria com o IBC (Instituto Brasileiro de Coach). As aulas têm sido ministradas na Uniffato, a universidade corporativa fundada pela rede em 2005, para formar novos gerentes e gestores. Já foram oferecidas 100 horas de treinamento para 100 gerentes, que multiplicaram o conhecimento a 6.500 colaboradores. De acordo com Mello Paz, o curso se deteve nas questões de orientação e aconselhamento. “O líder coach deve ter em mente os princípios de ver, ouvir e sentir o que as pessoas transmitem”, afirma. Na prática, é se manter atento a necessidades e aptidões para apontar caminhos que favoreçam o desenvolvimento e os resultados de todos – indivíduos e organização. “Com isso, os resultados aparecem”, diz Mello Paz. “No Muffato, reduzimos o turnover em 12%, diminuímos conflitos, intensificamos os trabalhos em equipe e constatamos, por meio de pesquisa, aumento da satisfação dos funcionários”, acrescenta. “Sempre fui um líder servidor, mas depois do treinamento de coach passei a ouvir minha equipe e a tomar decisões mais acertadas,” conta José Vicente Bovo, gerente de uma das lojas da rede, em Londrina. Com 62 anos, sendo 28 de empresa, Bovo é líder de 30 encarregados diretos e 340 funcionários indiretos. “Ao dar mais atenção a opiniões e sugestões do time, o ambiente ficou leve, as pessoas passaram a trabalhar com mais prazer e atingimos as metas com menos dificuldades”, acrescenta. Outra rede que tem alcançado sucesso com treinamento de líderes coach é a piauiense Carvalho&Fernandes, 49 lojas e R$ 1,4 bilhão de faturamento. A primeira a passar pela experiência foi a vice-presidente do Grupo, Van Carvalho, que participou de dois treinamentos – um pessoal e outro profissional. Só então ela estendeu o processo à organização. “Quando temos autoconhecimento fica mais fácil se colocar no lugar do outro, o que confere mais discernimento para apontar caminhos”, esclarece. A executiva também lembra que o curso tira o líder da posição confortável (e inadequada) de se achar melhor do que o subordinado. “Isso faz toda a diferença na hora de se estabelecer um relacionamento”, completa. Van indicou o mesmo curso para duas gerentes da rede e, na sequência, contratou um profissional para aplicar a ferramenta para vários outros profissionais. “Eles entraram no treinamento de um jeito e saíram de outro, mais leves e comprometidos”, ressalta. Não é à toa que a empresa teve crescimento real nas vendas de quase 12% em 2013. O lema do filósofo “Conhecete a ti mesmo” se mantém atualizado! Principais características de um líder coach Ele assume novas posturas, mais transparentes e flexíveis, e prepara seus sucessores » Sabe o que quer do setor e dos funcionários que lidera, a partir das estratégias da empresa » Ouve com atenção cada opinião e sugestão do colaborador » Fica atento a necessidades individuais de realização profissional e pessoal » Ajuda no desenvolvimento de cada funcionário » Pratica os valores que prega » Orienta e aconselha dando o exemplo » Oferece feedbacks constantes » Investe na diversidade » Dá liberdade à equipe » Cultiva habilidades interpessoais » Forma sucessores Presença de líder coach Apesar da amostragem pequena  total de 182 empresas– a pesquisa mostra a preocupação de vários países em melhorar a gestão dos funcionários 84,6% das empresas latino-americanas (de todos os setores econômicos) adotam o líder coach, de acordo com estudo da LAHRP (Latin American Human Resource Partnership) 12% foi a queda do turnover na rede Muffato, em 2013, fruto do programa de coaching. Outros ganhos: redução de conflitos e maior produtividade 12% foi o aumento real nas vendas do Grupo Carvalho&Fernandes, entre outras razões, pela colaboração do programa de coaching fonte: Supermercado Moderno Result Place Consultoria, Treinamentos e Coaching A Result Place Consultoria para empresas em Fortaleza – CE está fortemente ligada à gestão de processos, consultoria de vendas, consultoria de planejamento estratégico, gestão de empresas